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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Desabafo de uma coadjuvante

Hoje meu coração está machucado. Como é difícil quando alguém das nossas famílias, ou alguém próximo a quem muito nós amamos, passa por uma situação complicada, leva um tombo na vida, sofre uma rasteira do destino e se vê ao chão. Como dói, falando por mim, ver alguém que não merece, ser enganado, ser feito de bobo e passar por um turbilhão de emoções, sem ao menos se dar conta da gravidade daquilo que estava acontecendo.
A confiança é boa, mas se não houver um pouco de desconfiança, a gente quebra a cara as vezes. É preciso numa relação, a sinceridade acima de tudo! Se não existe sinceridade, não existe também a consideração. E como é possível alguém não ter o mínimo de respeito e consideração, por outro alguém que faz tudo por ele e pela família?
Todos os casais passam por turbulências. Todos os casais tem seus altos e baixos, mas se deixar levar pelas tentações da vida, pelas frustrações, pelas decepções, desrespeitando o outro, mentindo e omitindo, ah, isso não é ser homem.
Como devo agir perante uma cena dessas, onde me vejo como coadjuvante mas tomando as dores da protagonista?
Mais uma vez perante todo sofrimento, me apego as minhas crenças, ao meu Deus único, a virgem e imaculada Maria nossa mãe. Ela que passa a frente, que cura os corações partidos, que reconstrói as almas. Ela que intercede por nós, que nos ama como seus filhos e é sempre misericordiosa.
Hoje me sinto impotente. Hoje me sinto pequena e fraca, pois nada do eu disser, nada do que eu fizer vai resolver as coisas. Mas o que é o homem se não esse nada?
Hoje se eu pudesse, eu carregaria no colo aquela que sofre ainda mais que eu, eu acalmaria o seu espírito e a faria se tranquilizar. Se eu pudesse, apagaria sua memória, a faria começar de novo sem precisar olhar para o passado, como seria mais fácil...
Como seria fácil se eu tivesse super poderes, se eu pudesse desfazer as besteiras causadas, se eu pudesse unir uma família e destruir todos os problemas, os males, as dores e os sofrimentos.
Esse poder só vem de Deus, que hoje ele me auxilie. Que se faça presente em minha casa, em minha família, em meu meio!
Não posso perder as esperanças nem a fé. Não posso me mostrar frágil, pois de fragilidade a história já está cheia. Não posso me deixar levar pelo ódio, nem pela raiva ou pelo nojo que sinto.
Maria, passa a frente!



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